A
partir principalmente das obras de P. Hadot e de M. Foucault tornou-se paradigmático
pensar as filosofias antigas como técnicas/artes da vida, ou como exercícios.
Contudo, o ceticismo, seja em sua vertente pirrônica ou acadêmica, acabou por
ser olvidado nas abordagens destes pensadores. Apesar disso, e também das
muitas abordagens antigas dos dois ceticismos, há uma espécie de constante
conceitual que relaciona o ceticismo mais com uma atividade (enérgeia), disposição (diáthesis) ou capacidade (dýnamis), que acabam por engendrar uma
conduta (agōgḗ), do que propriamente
com um tipo de filosofia. Desse modo, podemos pensar os ceticismos como
atitudes práticas com resultados igualmente práticos, frente à teorização
excessiva da filosofia.
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