terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

[Dra. Gisele Amaral] Há uma arte de viver?

Embora a tranquilidade seja assumida por Sexto Empírico como fim do ceticismo, ela consistiria, segundo ele, num evento acidental e superveniente da suspensão do assentimento (epoché). Sexto considera que somos perturbados pelas inconstâncias das coisas e confusos a propósito daquelas às quais é necessário assentir. Assim, ele apresenta o ceticismo como uma habilidade capaz de orientar a vida com base na realidade fenomênica e, desse modo, nos livrar dos infortúnios provocados pelas crenças. Ainda que evidencie certa preocupação em relação à vida, e neste sentido pareça afinado com as demais escolas do período helenístico, isto não significa que Sexto Empírico tenha admitido qualquer a prescrição de uma arte de viver. Pelo contrário, Sexto procura expor a inconsistência de tal prescrição. Esta comunicação tem como objetivo apresentar a crítica de Sexto Empírico à arte de viver.

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